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Paris está em choque e a Internet também. O jornal satírico francês Charlie Hebdo foi alvo, esta manhã, de um violento ataque de 3 homens armados. O director do jornal, Stephane Charbonnier (mais conhecido por Charb), os cartoonistas Georges Wolinski e Jean Cabut, e sete jornalistas morreram. Os criminosos encontram-se a monte e estão a ser procurados pela polícia.
Trata-se do maior atentado terrorista em França dos últimos 40 anos.
Ao todo, estão confirmadas 12 vítimas mortais (aos 10 elementos do jornal juntam-se 2 agentes da polícia), 4 feridos muito graves e 20 feridos leves. O incidente aconteceu por volta das 10h30 (hora de Lisboa) na sede do Charlie Hebdo. Os 3 atiradores entraram nas instalações de cara coberta e armados com uma Kalachnikov e um lança-rockets, de acordo com a agência de notícias AFP.
Estas imagens tentam captar a violência do ataque:
A polícia procura agora os atiradores, tendo reforçando a vigilância na zona de Paris circundante à redacção do Charlie Hebdo.
Armed gunmen face police officers near the offices of the satirical newspaper #CharlieHebdo Photo: Anne Gelbard #AFP pic.twitter.com/k669PHgVw5
— AFP Photo Department (@AFPphoto) January 7, 2015
Uma hashtag em defesa da liberdade jornalística
A página do jornal Charlie Hebdo no Facebook tem recebido um aumento enorme de likes nas últimas horas. Eram pouco mais de 250 mil à hora dos incidentes; agora contabilizam-se qual 400 mil seguidores.
A Internet criou a hashtag #JeSuisCharlie (e uma imagem) para apoiar a equipa do Charlie Hebdo e defender a liberdade jornalística. De acordo com a BBC, na primeira hora foram feitos mais de 21 mil tweets. Estas reacções solidárias a um ritmo incrível fazem-nos imaginar como teria sido um feed do Twitter a 11 de Setembro de 2001 (a rede social só apareceu em 2006).
Now, thousands are expressing their feelings on today's events in France with pictures like this #JeSuisCharlie pic.twitter.com/8TFGk67YAS
— BBC Trending (@BBCtrending) January 7, 2015
A imagem “Je Suis Charlie” (ou “Eu Sou Charlie”) tem sido largamente difundida. A embaixada dos Estados Unidos em França foi uma das muitas contas de empresas ou indivíduos a colocarem as palavras como foto de perfil:
The US Embassy in France (@USEmbassyFrance) has changed its Twitter pic to the #JeSuisCharlie image pic.twitter.com/afvSJT8jma
— Elena Cresci (@elenacresci) January 7, 2015
Ao longo do dia, têm surgido inúmeros tweets. Partilhamos alguns deles:
A tragic day for the freedom of speech #jesuischarlie pic.twitter.com/ZkIOXpHeSq
— Guy Verhofstadt (@GuyVerhofstadt) January 7, 2015
You can kill journalists, cartoonists. You can't kill the freedom of the press. You have only made their message stronger. #JeSuisCharlie
— Emily Koch (@EmilyKoch22) January 7, 2015
#JeSuisCharlie (dessin de @jean_jullien ) pic.twitter.com/sd1UEGs2LC
— Anthony Audebert (@kanthos) January 7, 2015
Em França, a Google já se vestiu de luto:
Google France's homepage tonight. #jesuischarlie pic.twitter.com/NNcwK2Cuqn
— Stefan de Vries (@stefandevries) January 7, 2015
A hashtag saiu à rua
Manifestações voluntárias e não planeadas estão a encher as ruas de Paris. O cenário está a ser idêntico – embora em proporções muito mais reduzidas, claro – em outros pontos do mundo, como o Parlamento Europeu ou embaixadas de França.
Paris. Right Now pic.twitter.com/KoxdT9CTsf
— Old Holborn (@Holbornlolz) January 7, 2015
People hold signs reading "I am Charlie" at the Place de la Republique in Paris. #Photo by Joel Saget #CharlieHebdo pic.twitter.com/qw3G8UBRMh
— Agence France-Presse (@AFP) January 7, 2015