Tens tempo para queimar e não sabes o que fazer? Nós temos uma sugestão: posta uma imagem no Instagram e faz repost até te cansares. Ou pelo menos até às 90 imagens. O resultado final pode ser inesperado. Com tanta compressão, a qualidade da imagem vai diminuindo de foto para foto, sendo que, no final, o objecto fotografado é completamente irreconhecível.
A experiência foi feita pelo internauta Peter Ashton, inspirado pela experiência I Am Sitting In A Room de Alvin Lucier. Em 1969, numa sala, o compositor norte-americano gravou a sua voz e reproduziu-a. Depois, gravou a reprodução e reproduziu-a – assim sucessivamente até a esta deixar de ser decifrável.
Peter Ashton, um net artist britânico, residente em Birmingham, fez o mesmo mas com o Instagram. Peter usou uma fotografia de Alvin Lucier: publicou-a, fez um screenshot, publicou o screenshot, tirou novamente screenshot… e assim sucessivamente. A imagem final da experiência – apelidada de I Am Sittin In Stagram – é uma autêntica confusão.
No seu blogue, Peter explica o que pode ter acontecido à sua imagem inicial:
- A app do Instagram renderizou o JPEG no ecrã do iPhone;
- O screenshot criou um PNG dos pixels do ecrã;
- A app do Instagram converteu o PNG num formato editável;
- A app grava uma imagem editada (cortada) num formato qualquer (JPEG?) e envia para o servidor do Instagram;
- O servidor converte e optimiza a imagem para JPEG para ser publicado;
- A app recebe o JPEG final e renderiza-o no ecrã do iPhone.
De referir que a compressão de fotos é um processo transversal a todas as redes sociais. Serve não só para poupar recursos de servidor ao Instagram, mas também para que as fotos carreguem rapidamente nos telemóveis, sem exigir uma ligação à net super rápida e sem consumir muitos dados ao utilizador.