Se achas importante o que fazemos, contribui aqui.
“O meu nome é David Fonseca e sou músico. Faço também muitas outras coisas, algumas pequenas e insignificantes, como desviar os pés das formigas que constroem um universo desconhecido subterrâneo a 4 metros da minha porta de casa, e outras maiores e fulcrais, mas que acabam por ocupar o mesmo espaço das pequenas.”
Este é David Fonseca, o músico de 42 anos. O mesmo que em 1998 encabeçou os Silence 4, que em 2003 se lança a solo e que em 2006 revive António Variações com os Humanos. Mas isto é o passado. Agora, o registo mudou.
Depois das fornadas de singles nos últimos meses, David Fonseca está finalmente pronto para dar a conhecer o futuro. O primeiro disco em português e o oitavo a solo, Futuro Eu conta com 11 faixas e chega ao mercado a 16 de Outubro.
“Há um ano e meio entrei numa casa vazia a poucos metros do mar, o Inverno a empurrar o vento contra as janelas, a familiaridade de uma casa onde curei desilusões e alimentei sonhos, quase todos impossíveis como os sonhos devem ser.” Assim começou a viagem deste disco.
O processo, esse, foi simples: “Um computador, uma máquina de escrever, um microfone, um teclado e uma guitarra foram montados no meio da sala e, desligado do mundo lá fora, deixei o meu mundo interior tomar conta daquele local, a minha voz a bater nas paredes, fita-cola a prender as teclas num acorde só, cordas que partiam com a agitação e ânsia do momento.”
Meses depois, e já com o projecto terminado, David Fonseca não consegue ainda encontrar uma forma de o explicar: “tento imaginar uma forma de descrever este disco sem recorrer aos lugares comuns habituais como ‘o disco mais pessoal de sempre’ ou a insuportável ‘pedrada no charco’, mas não me ocorre nada que possa exaltar de forma precisa o meu entusiamo com este conjunto de canções”.
“Nunca um trabalho musical esteve tão perto da minha forma desajeitada, inconstante, revoltada, inquieta e sedenta de viver os dias, as horas, os segundos, as pessoas, os sítios, as mãos que me agarram, o amor, sempre o amor (…) talvez seja um disco emocionalmente político a contar a minha história também na esperança de encontrar os meus pares de aventura do outro lado da linha”, pode ler-se no comunicado de imprensa escrito por si.
A apresentação oficial de Futuro Eu acontecerá em duas datas: Lisboa, no Centro Cultural de Belém, a 30 de Outubro; e Porto, na Casa da Música, a 31.
Recorde-se que o último disco do músico foi Seasons, em 2012, que contou com duas partes, Rising e Falling. Pelo meio, em 2014, David Fonseca voltou a colaborar com os Silence 4, banda que integrou nos anos 90.
Futuro Eu
- “Futuro Eu”
- “Chama-me Que Eu Vou”
- “Não Dês Só Para Tirar”
- “Deixa Ser”
- “Só Uma Canção no Mundo”
- “Hoje Eu Não Sou”
- “Eu Já Estive Aqui”
- “Funeral”
- “Mais do Mesmo”
- “Deixa A Tua Voz Depois do Tom”
- “Agora É A Nossa Vez”