Se achas importante o que fazemos, contribui aqui.
Joann Sfar é francês e tem 44 anos. Nasceu em Nice, faz carreira enquanto cartoonista e trabalhou cerca de 8 anos no jornal Charlie Hebdo, cujos escritórios foram alvo de atentados terroristas no princípio deste ano. Desde ontem à noite, poucas horas depois das notícias terem começado a circular nos meios de comunicação, que o artista tem publicado na sua conta de Instagram alguns cartoons que reagem ao caos provocado ontem em Paris pelo Estado Islâmico.
Deixamo-vos com uma sequência de 12 desenhos:
“A França é um país velho onde os apaixonados se beijam livremente”
“Paris é a nossa capital. Gostamos de música, da embriaguez e do bem estar”
“Durante séculos, amantes da morte tentaram fazer-nos perder o amor pela vida”
“Eles nunca o conseguirão”
“Aqueles que amam. Aqueles que amam a vida. No fim, são sempre os que ganham”
“O quanto é lindo, o lema de Paris”
“Sacudida pelas ondas mas não afunda”
“Amigos do mundo, obrigado pelo #PrayForParis mas nós não precisamos de mais religião! A nossa fé deve-se à música! Beijos! Vida! Champagne e alegria! #ParisIsAboutLife”
“O terrorismo não é o inimigo. O terrorismo é uma forma de agir. Repete “nós estamos em guerra” sem encontrar a coragem de nomear os inimigos, não leva a lado nenhum. Os nossos inimigos são aqueles que amam a morte. Sob várias formas, eles existem desde sempre. A historia rapidamente os esquece. E Paris permanece, mandando-os à merda”
“As pessoas que morreram esta noite saíram para viver, beber, cantar. Não sabiam que lhes tinham declarado guerra”
“Em vez de nos dividirmos, deveríamos relembrar-nos de como tudo isto é precioso: o nosso modo de vida.”
“Amantes da morte, se Deus existe, vai odiar-vos. E vocês já perderam, tanto na terra como no céu”
No Instagram de Joann Sfar, podes ver outros cartoons alusivos ao fenómeno do terrorismo. Um assunto que o mesmo retratou em várias peças enquanto trabalhou para o Charlie Hebdo. O artista é um dos mais conhecidos e aclamados em França e é não só conhecido pela sua crítica social mas sobretudo pelas suas histórias de fantasia que já ilustrou em dezenas de livros.
Texto de: André Cabral
Editado por: Mário Rui André