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A mini-série Sal, uma aposta da SIC na categoria de humor, chegou este mês ao Netflix. Protagonizada por João Manzarra, César Mourão, Rui Unas e Salvador Martinha, é uma das primeiras produções portuguesas a aterrar no serviço de streaming português.
Constituída por 8 episódios, Sal foi transmitida em 2014 pela SIC e reposta na grelha da estação no ano seguinte, em formato 16:9 na SIC Radical. Agora pode ser vista em 16:9 mas sem HD no Netflix pelos assinantes portugueses do serviço de streaming.
Com o argumento de João Quadros e Frederico Pombares, Sal foi gravada na Ilha do Sal, em Cabo Verde, e narra a história de quatro amigos que vão a Cabo Verde fazer um filme de terror e tudo corre mal. Em Sal, João Manzarra, César Mourão, Rui Unas e Salvador Martinha fazem deles próprios. Desune-os a vontade e o desafio de fazerem um filme de ficção científica.
Sal foi produzida pela produtora Lobby para a SIC, que terá fechado com o Netflix um acordo para a disponibilização no serviço desta mini-série e de outras produções da “casa de Carnaxide”. De momento, as novelas Rosa Fogo (2012), Lua Vermelha (2011) e Amo-te Teresa (2000) podem ser vistas no Netflix – em 16:9 mas sem HD, ao contrário da maioria do catálogo do serviço. A SIC é a única estação das três generalistas que não tem a sua própria plataforma de streaming. A RTP tem o seu RTP Play e a TVI trabalha com o TVI Player.
No seu blogue, Rui Unas garante que a inclusão de Sal no Netflix foi feita “sem honestidade”, uma vez que “ninguém, repito, ninguém dos argumentistas, elenco e da co-produtora Lobby foi informada nem pedida a devida autorização”. Ainda assim, o humorista e actor português realça a “oportunidade que é dada aos subscritores do Netflix de verem e/ou reverem uma série que foi feita com total empenho e dedicação dos intervenientes, apesar dos resultados menos satisfatórios em televisão”.
João Quadros, um dos argumentistas da série, também não está satisfeito com a venda da Sal ao Netflix pela SIC, tendo reagido via Twitter esta segunda-feira:
a sic tem direitos de exibição do sal nas plataformas do grupo, por determinado tempo. Não tem direito de vender o produto a outros
— Joao Quadros (@omalestafeito) February 29, 2016
porque não lhe pertence. Mas isso terão de ser advogados a decidir. Seja como for os autores nunca podem,por lei,prescindir de det %
— Joao Quadros (@omalestafeito) February 29, 2016
tratarm o Sal miseravelmente , estreado em agosto e episódios à 1 e tal da manhã depois de terem começado com um top 2
— Joao Quadros (@omalestafeito) February 29, 2016
a produtora faliu à conta do SAL, e agora o que é que vendem para a netflix? ou o que é que a netflix quer comprar? A série q não gramavam
— Joao Quadros (@omalestafeito) February 29, 2016
anda um gajo sem fazer ( e receber ) nada e tem uma série na netflix
— Joao Quadros (@omalestafeito) February 29, 2016
e foda-se, sic , ainda o ano passado fiz para o grupo o Irritações e o Som de Cristal. Têm o meu número
— Joao Quadros (@omalestafeito) February 29, 2016
quanto à Netflix , querem séries tugas de jeito, que podem ser exibidas lá fora? venham falar com os autores. O UAS é bom em qq lado
— Joao Quadros (@omalestafeito) February 29, 2016