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A RTP entrou em 2016 com o ambicioso objectivo de lançar 8 séries de ficção de produção própria, numa estratégia que não é muito diferente da seguida pela britânica BBC ou pelo gigante Netflix. Terapia e Aqui Tão Longe foram apenas 2 excelentes amostras daquilo que a estação pública consegue fazer.
Até ao final do ano, a RTP1 vai estrear mais 6 produções nacionais: Dentro; Os Gajos, Eu Miúdo, Eu Graúdo, Teorias da Conspiração; 13 Marias; Três Mulheres; e Bonecos da PUB (alguns deste títulos podem ser provisórios). São séries, não novelas, que precisamente o que a RTP quer “combater”. Nuno Artur Silva, actual administrador da RTP, disse recentemente, citado pelo site Espalha-Factos, que o objectivo principal desta aposta passa pela “diversificação dos géneros de ficção, saindo do género dominante e praticamente totalitário neste momento, que é a telenovela”.
A estação pública detalha estes planos no seu documento estratégico para 2016, onde refere que todas são “séries de diferentes géneros, do humor à ficção histórica, abordando temas contemporâneos e respeitantes ao atual momento vivido na sociedade portuguesa”. Lê-se também que a estratégia será seguida em 2017, com a produção já este ano de pelo menos 5 novas séries.
O Plano de Actividades para 2016 detalha também a intenção de internacionalizar dois dos seus novos formatos de ficção ao longo deste ano, sendo que a ideia é promover a sua “distribuição internacional através da participação em diversos certames internacionais, de forma a possibilitar a venda parcial dos direitos de emissão, assim como a sua distribuição em diferentes plataformas de conteúdos à escala global”.
Esta nova iniciativa da RTP na ficção nacional está a ser promovida também por Virgílio Castelo, responsável pela ficção, e por Daniel Deusdado, director de programas da RTP1, que espera que as novas apostas mantenham algum público do atual horário nobre do canal e que possam trazer também novos telespectadores à estação.
As Mil E Uma Noites, Capitão Falcão e outro cinema nacional
Não só de produção própria se preencherá a grelha da RTP1, tendo o primeiro canal prevista a transmissão de várias longas-metragens de autores portugueses e em língua portuguesa. Significa isso que este ano a RTP1 vai ser a sala de cinema destes filmes:
- Axilas, de José Fonseca e Costa
- Os Maias, de João Botelho
- Capitão Falcão, de João Leitão
- Quarto Escuro, de Marco Martins
- A Uma Hora Incerta, de Carlos Saboga
- As 1001 Noites, de Miguel Gomes
- Refrigerantes, de Luís Galvão Telles
- Cabaret Maxime, de Bruno de Almeida
- Colo, de Teresa Villaverde
- Amor Impossível, de António-Pedro Vasconcelos
- O Comboio de Sal, de Licínio de Azevedo
- Açúcar, de Licínio de Azevedo
- Seara de Vento, de Sérgio Tréffaut.
“Neste ano, faremos a contratação de diversas longas-metragens portuguesas para emissão neste ano e em 2017”, lê-se – com agrado, certamente – no Plano de Actividades.