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Nunca os astrónomos tinham visto tão bem como um massivo buraco negro a engolir uma estrela. Usando um telescópio do tamanho da Terra, os cientistas observaram de perto tão único fenómeno.
Este avanço pode ajudar-nos a descobrir exactamente o que acontece quando as estrelas são comidas por buracos negros e porque esses buracos negros, às vezes, atiram fora jatos de partículas a velocidades muito próximas à da luz.
Quando uma estrela fica demasiado próxima de um buraco negro, este começa a engoli-la. Algum do material que engole fica num disco à volta do buraco negro e depois é “ejectada” numa espécie de jacto de partículas que viaja quase à velocidade da luz.
O que esta equipa de astrónomos internacionais fez foi estudar alguns desses jactos, descobertos pela primeira vez em 2011 numa galáxia a cerca de 3,9 mil milhões de anos-luz de distância, segundo um comunicado de imprensa do Chalmers University of Technology. Os investigadores conseguiram ter uma visão aproximada do fenómeno entre o buraco negro e uma estrela usando uma rede de radiotelescópios, que cria um gigante telescópio chamado European VLBI Network (EVN).
Os astrónomos observaram uma movimentação compacta e surpreendentemente lenta de ondas de rádio e, graças à precisão dos radiotelescópios utilizados, conseguiram procurar sinais e alterações nos jactos, apesar da enorme distância.
“Observações com a próxima geração de radiotelescópios vai dizer-nos mais sobre o que realmente acontece quando uma estrela é comida por um buraco negro – e como os poderosos jactos se formam e evoluem junto a buracos negros”, disse o astrónomo Stefanie Komossa na nota de imprensa.