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No Japão, moda não é sinónimo de consumismo, antes pelo contrário. É cada vez mais usual um estilo de vida minimalista, em que os únicos bens materiais são os essenciais, em que nada é supérfluo.
Várias famílias japonesas que vivem sob o mote “Menos é mais” abriram as portas de casa a um fotógrafo da agência Reuters que captou as suas rotinas minimalistas. Dá-nos o exemplo de Saeko Kusibiki que adorava fazer compras mas a quem hoje em dia, maioria dos produtos parece lixo, ou de Tatsuya Toyoda que tem 4 camisas brancas idênticas que usa todos os dias de trabalho e dois pólos para usar ao fim-de-semana. Tatsuya diz que se tornou minimalista para poder dedicar-se ao que realmente gosta.
Sobre as origens: diz-se que a máxima minimalista nasceu influenciada pelo budismo zen tradicional no país, mas há quem diga que o sismo de magnitude 9.0 que matou cerca de 20.000 pessoas, em 2011, também teve responsabilidade. Fumio Sasaki conta que “Trinta a 50% dos ferimentos sofridos durante um tremor de terra ocorrem devido à queda de objectos.” No quarto de 12 metros quadrados onde vive agora, isso jamais seria possível.
Fotografias por: Thomas Peter/Reuters