Foi lançada esta semana na App Store a Horizontal. A aplicação que nasceu como Lisboa Horizontal ganhou um novo nome a pensar na expansão internacional. Com a Horizontal, andar de bicicleta na cidade vai ser mais fácil, através de rotas planas e adequadas ao perfil de cada um, sugeridas pelas app.
A Horizontal permite-te criar um percurso entre dois ou mais pontos na cidade, tendo em conta diversos factores, como a inclinação do trajecto e o perfil do ciclista. Durante a apresentação oficial da aplicação em Lisboa, o co-fundador Kobe Vanhaeren explicou que por vezes uma pequena subida mais inclinada pode ser melhor que uma subida pouco inclinada mas mais demorada. Por outro lado, a um utilizador que se disse “iniciante” podem ser sugeridas rotas mais leves, em oposição a um utilizador “avançado” ou “pro”.
Os perfis de ciclista são uma das novidades na versão final da Horizontal, que não constavam no beta test promovido junto de um pequeno grupo de entusiastas durante o Verão. A nova versão da aplicação também permite carregar uma foto de perfil e tem outras falhas corrigidas. Para indicar as melhores rotas, a Horizontal tem em conta outros dados fornecidos pelo utilizador, como a data de nascimento, a altura e o peso.
À semelhança do Google Maps e de outras aplicações GPS, a Horizontal inclui navegação em tempo real para que o ciclista saiba onde tem de virar. Pode colocar-se o telemóvel num suporte para bicicleta e assim manter o olho no mapa durante a viagem ou usar o assistente de voz, disponível em inglês e português. Em caso de desvio, a aplicação faz uma reformulação da rota.
Ao longo da viagem, consegue-se saber a velocidade em que vamos e a distância já percorrida, assim como a hora prevista de chegada ao destino. Noutras secções da aplicação, o ciclista pode rever os trajectos que já realizou e consultar algumas estatísticas, como o tempo e a distância totais a andar de bicicleta, o seu contributo em termos de redução de CO2, o dinheiro poupado por contraposição ao uso do carro e ainda alguns dados de controle de saúde, como as calorias gastas.
Durante a apresentação, Kobe Vanhaeren referiu que quer o concurso Vodafone BIG Smart Cities, quer a posterior incubação no Vodafone Power Lab foram momentos cruciais para a concretização do projecto. “Conseguimos uma parceria com a IBM e com a Amazon Web Services, tudo graças ao envolvimento do Vodafone Power Lab”, disse. Kobe explicou ainda que a ideia inicial era criar uma rede de ciclovias em Lisboa inspirada nas linhas do metro e não propriamente uma aplicação GPS que traçasse rotas horizontais em qualquer rua da cidade. Uma evolução de conceito que não só tornou o projecto mais exequível como permitiu a sua internacionalização.
A Horizontal já está disponível em Bruxelas. A capital belga e a portuguesa vão, assim, servir de piloto antes da expansão para outras cidades. Kobe revelou que, neste momento, ele e a sua equipa estão “a calcular milhares e milhares de dados” com o mapeamento de outras metrópoles em vista. A Horizontal diz que tem “450 já calculadas e prontas a implementar”, usando os actuais modelos topográficos das cidades.
“Nós vamos pelo mundo fora”, comentou Kobe. A startup, que continuará ligada ao Vodafone Power Lab, venceu recentemente um concurso da Agência Espacial Europeia (ESA), que lhe dará acesso a dados europeus e mundiais de satélite para um mapeamento mais completo dos territórios.
O lançamento da Horizontal em Lisboa coincidiu com o Dia Europeu Sem Carros, 22 de Setembro. O CEO da Vodafone, Mário Vaz, vários colaboradores da Vodafone, jornalista e entusiastas juntaram-se de manhã à porta da loja da operadora na Avenida de Roma e fizeram um trajecto de bicicleta até à sede no Parque das Nações, onde decorreu a apresentação mais formal da aplicação.
A versão iOS da Horizontal pode ser descarregada aqui. Até ao final do ano ou início de 2017, a aplicação chegará à Play Store para o sistema operativo Android.