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A resposta é não. Julian Assange recebeu, esta sexta-feira, uma boa notícia: o Ministério Público sueco decidiu deixar cair as investigações sobre as alegadas violações sexuais de que Assange era acusado, pondo fim a um impasse judicial que durava já sete anos.
O fundador da Wikileaks negou sempre as queixas de abusos, afirmando existirem motivações políticas por trás delas. Caso as autoridades suecas não abandonassem as investigações, Assange corria risco de ser extraditado da embaixada do Equador em Londres, onde está refugiado há cinco anos, para a Suécia, podendo depois ser levado para os EUA.
Detained for 7 years without charge by while my children grew up and my name was slandered. I do not forgive or forget.
— Julian Assange (@JulianAssange) May 19, 2017
A extradição para os Estados Unidos é tudo aquilo que Assange não quer. Lá é acusado de espionagem, por causa da fuga, através da Wikileaks, de milhares de documentos confidenciais do Governo norte-americano, onde constam segredos militares sobre as guerras no Afeganistão e Iraque.
Uma vez que o mandato de detenção norte-americano se mantém, as autoridades britânicas são obrigadas a deter Julian Assange, australiano, 45 anos, se ele deixar a embaixada do Equador, onde permanece desde 2012.