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Brecht Vandenbroucke tornou-se uma sensação da internet quando pegou na icónica paisagem de Hollywood e numa interpretação à luz dos tempos modernos trocou o nome dos mais famosos estúdios do mundo pelo do emergente serviço de streaming Netflix. Vítima do seu próprio sucesso, acabou por ver algum do seu reconhecimento reduzido a essa peça mas um olhar mais cuidado sobre o seu trabalho revela um sentido apurado para detectar e retratar a ironia característica dos nossos tempos.
Com uma técnica intemporal, o artista belga, distingue-se e inova na mensagem inerente a cada uma das suas composições onde mistura realismo decadente com alguma fantasia inspirada pela estética da internet e dos social media. No seu trabalho é comum vermos materializadas ou personificadas algumas das realidades que nos rodeiam e atormentam. Sejam as mais variadas versões dos factos neste mundo da pós-verdade ou a ditadura do Photoshop que impõe novos cânones à beleza, nada escapa ao seu pincel.
Vandenbrouke recorre habitualmente à estrutura de banda desenhada, explorando a progressão entre quadrados para acrescentar níveis de revelação à mensagem, nem sempre imediata. A polarização da sociedade, a cultura do ego ou as constantes distrações são alguns dos temas mais comuns na obra do artista.
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