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Os incêndios que deflagraram no país no último domingo e segunda e que vitimaram mortalmente 43 pessoas voltaram a não dar descanso a João Pina, autor do Fogos.pt, o site/app móvel que mostra os fogos activos no país. O buzz nas redes sociais e os destaques na imprensa deram ao Fogos.pt um tráfego fora do comum nos dias da tragédia.
O Fogos.pt chegou a registar 6-8 mil acessos em simultâneo no domingo, o que causou a indisponibilidade da plataforma naquele dia. É que além do servidor ser limitado, João Pina está dependente das quotas de acesso ao Google Maps, serviço de mapas que utiliza para mostrar os fogos activos, como explicou, no final de Setembro, em entrevista ao Shifter.
Não há keys ou server que resista assim. pic.twitter.com/AajXt43Vlz
— Tomahock (@tomahock) October 15, 2017
João disse-nos, na altura, precisar de uma parceria ou outro tipo de apoio da Google, uma vez estar já a utilizar o plano máximo de licenças do Maps disponível para particulares e não conseguir custear uma contra empresarial com as receitas publicitárias obtidas com o site. Ora, se de 1 de Julho a 31 de Agosto o Fogos.pt tinha tido pouco mais de 5 milhões de pageviews, só no domingo e na segunda foram 1,5 milhões de pageviews e cerca de 400 mil utilizadores únicos – motivos: a popularidade que o projecto ganhou junto da comunidade online, especialmente no Twitter, e as menções várias que recebeu na comunicação social.
A/C do Presidente da República: o autor desta página – https://t.co/ppEKDzRzgq – devia ser condecorado. Mais aqui: https://t.co/iZQzQCPKCu
— Vasco Mendonça (@vasco_mendonca) October 16, 2017
Obrigado @RTPNoticias pic.twitter.com/Cuuav2YS9d
— Tomahock (@tomahock) October 15, 2017
Actualmente, João Pina joga com um número restrito de keys (chaves) – essas chaves determinam quantos acessos o Fogos.pt pode fazer à API do Google Maps. Ora, esgotadas essas keys, os visitantes deixam de conseguir ver os mapas no Fogos.pt e o serviço mostra-se indisponível. Na madrugada domingo, e já no limite das suas capacidades, João pediu no Twitter se alguém podia arranjar novas keys e a comunidade respondeu em conformidade. Houve pessoas a criar (e aprender a criar) de propósito estas chaves para ajudarem a manter o site cativo. Também a Google respondeu ao tweet de João Pina.
NGOs can enroll in our Nonprofits program & receive Premium Plan access, including increased quota limits. https://t.co/4dEvTW0uzU
— Google Maps API (@GoogleMapsAPI) October 17, 2017
Através da conta @GoogleMapsAPI, a tecnológica norte-americana mencionou um programa para organizações sem fins lucrativos que, se tivesse disponível em Portugal, resolveria o problema de João. O programador refere que, nos últimos dias, já recebeu contactos por e-mail da Google – um deles a informar que, provisoriamente, tinham sido alargados os limites da conta do Fogos.pt.
“Eu queria entrar no programa sem fins lucrativos da Google. Tenho tudo o que eles pedem, só que o programa não abrange Portugal”, explica-nos por mensagem. “Nesse programa, deixaria de pagar o Maps e poderia ter servidores sem pagar também, e removeria a publicidade do site e das apps. Nestes contactos pedi para meterem Portugal no programa, mas ainda não tive respostas.”
Vocês podiam dar uma força a este tweet! Queremos o programa de Nonprofit da @google em Portugal! https://t.co/0QDS21RkXg
— Tomahock (@tomahock) October 18, 2017
Hi, @GoogleMapsAPI. You should really help @tomahock with @FogosPt. He's making a public service over there.
— Flávio Nunes (@FlavioNunesPT) October 18, 2017
we need @tomahock work on @FogosPt and they need your help. go google go!
— André Beja (@AndreBeja) October 18, 2017
Nunca desilude o Twitter! Obrigado a todos que estão a fazer RT
— Tomahock (@tomahock) October 18, 2017
We understand the @earthoutreach team connected w/ you & the issue is resolved. Pls email if that changes & you need increased quota limits
— Google Maps API (@GoogleMapsAPI) October 19, 2017