Se achas importante o que fazemos, contribui aqui.
Na última vez que a SpaceX procedeu a um lançamento de um foguetão, fez notícia pelo aparato provocado por toda a Califórnia pela propulsão do objecto espacial; no lançamento que fez esta madrugada, o ponto central da notícia é o secretismo da operação.
With more than 5 million pounds of thrust at liftoff—equal to approximately eighteen 747 aircraft at full power—Falcon Heavy will be the most powerful operational rocket in the world by a factor of two. https://t.co/NneqPRPr46 pic.twitter.com/oswCUreG6i
— SpaceX (@SpaceX) January 3, 2018
A SpaceX, empresa espacial de Elon Musk, começou segunda-feira a efectuar o seu primeiro lançamento do ano 2018 – um foguetão Falcon 9 serviu desta vez de transportador de “um artefacto espacial” ao serviço do Governo dos Estados Unidos. A operação, realizada a partir de uma base da Força Aérea na Florida, pôde ser acompanhada a par e passo através do Twitter e teve transmissão em directo no site da própria SpaceX; contudo, as dúvidas sobre o que transportava este Falcon 9 permanecem sem resposta.
Weather is 80% favorable for today’s two-hour launch window which opens at 8 PM EST. pic.twitter.com/qcFz9Q25j6
— SpaceX (@SpaceX) January 7, 2018
Team at the Cape completed additional propellant loading tests today. Extreme weather slowed operations but Falcon 9 and the Zuma spacecraft are healthy and go for launch—now targeting January 7 from Pad 40 in Florida.
— SpaceX (@SpaceX) January 5, 2018
A missão, apelidada de Zuma, esteve programada para Novembro do ano passado, mas, depois de vários adiamentos, no dia 5 deste mês foi dada a confirmação de que seria agora para avançar. Segundo comunicados da empresa, o artefacto espacial Zuma está programado para fazer uma órbita próxima da terra, sem que ninguém saiba bem onde – algo que também deverá ser cortado na transmissão em directo.
Não é o primeiro lançamento ao serviço do Governo dos EUA
O que se sabe é que a Zuma foi construída pelo (ou para) o Governo norte-americano, envolvendo pelo menos a Northrop Grumman, uma empresa de construção aeroespacial e de material de defesa, que depois de garantir o envolvimento na missão recusou disponibilizar mais informações sobre a carga em questão. A revista ArsTechnica já desde Novembro que se tem debruçado sobre o misterioso lançamento, chegando a apontar a propriedade do satélite ao National Reconnnaissance Office (NRO), algo que foi negado por fontes oficiais.
Recorde-se que este não é o primeiro lançamento da SpaceX em parceria estreita com o Governo dos Estados Unidos. A empresa espacial liderada por Elon Musk tem no aparelho de Donald Trump um dos seus principais clientes e financiadores. No ano passado, em Maio, a SpaceX promoveu o lançamento de um satélite do supra-citado NRO, bem como, em Setembro, de um avião espacial da Força Aérea.
As dúvidas sobre o secretismo da missão foram despoletadas pela parca informação disponibilizada no habitual comunicado feito à imprensa sobre o lançamento, onde não surge qualquer detalhe sobre a carga transportada. Sabe-se, no entanto, que depois do lançamento do misterioso objecto o Falcon 9 regressou a Terra e aterrou bem, podendo o foguetão ser reutilizado noutra missão.