Depois do #MeToo, o Time’s Up. Mais de 300 actrizes, argumentistas, realizadoras e outras personalidades do cinema lançaram no dia 1 de Janeiro um projecto para apoiar a luta contra o assédio sexual tanto em Hollywood como noutras profissões nos EUA. O projecto Time’s Up incluirá um fundo para apoio legal a mulheres e a homens vítimas de assédio sexual no trabalho.
A organização já arrecadou mais de 13 milhões de dólares (10,8 milhões de euros) dos 15 milhões de dólares (12,5 milhões de euros) que pretende para esse fundo.
O projecto destina-se principalmente às pessoas cujos empregos mal remunerados não lhes permitem defender-se, como, por exemplo, trabalhadoras agrícolas e domésticas, porteiras, operárias e empregadas de café. “Muitas vezes, o assédio persiste porque os perseguidores nunca sofrem as consequências das suas acções”, diz o grupo numa “carta de solidariedade” publicada no seu site.
Esta carta, que começa com “Caras Irmãs” e termina com “solidariamente”, também foi publicada numa página completa no New York Times e no jornal de língua espanhola La Opinion.
Proud to have worked on this with the sisters of my industry to help end abuse and discrimination across ALL industries. #TIMESUP https://t.co/ywZKT2E6Dv
— Brie Larson (@brielarson) January 1, 2018
O Time’s Up também exige mais mulheres em cargos directivos, igualdade de remuneração e de oportunidade para as mulheres, e pede aos meios de comunicação social para destacarem os abusos que ocorrem “em campos profissionais menos glamorosos e menos valorizados” do cinema, com o objectivo de fazer do sector de negócios do espectáculo “um lugar seguro e equitativo para todos”.
I stand with ALL WOMEN across every industry to say #TIMESUP on abuse, harassment, marginalization and underrepresentation. Join me! Sign the statement of solidarity & donate to the @TIMESUPNW Legal Defense Fund: https://t.co/7FofMhTaUJ pic.twitter.com/vEB3jYCRgD
— Reese Witherspoon (@RWitherspoon) January 1, 2018
Entre os membros do Time’s Up, formada na sequência de diversas acusações de assédio sexual que se seguiram ao escândalo à volta da conduta do produtor Harvey Weinstein, estão as actrizes Cate Blanchett, Ashley Judd, Natalie Portman e Meryl Streep, a presidente da Universal Pictures, Donna Langley, a escritora Gloria Steinem, a advogada e ex-chefe do Gabinete de Michelle Obama, Tina Tchen, e a co-presidente da Fundação Nike, Maria Eitel.
It’s a new year and the shelf life of shame, silence, and fear just expired. #TimesUp on inequality.#TimesUp on abuse.#TimesUp on discrimination.
We want the golden rule to apply to everyone. “Do unto others…” #TimesUpNow pic.twitter.com/qu5ld5eIfN— Felicity Huffman (@FelicityHuffman) January 1, 2018
We stand in solidarity with Alianza Nacional de Campesinas and women across every industry to combat abuse, harassment, marginalization, and underrepresentation. The $13m @TIMESUPNW Legal Defense Fund is just the beginning. This is not a drill. #TIMESUP https://t.co/a0qtkachdJ pic.twitter.com/B5XGy37FCv
— Ava DuVernay (@ava) January 1, 2018
I signed this letter of solidarity 2 stand with women across every industry: #TIMESUP. The @TIMESUPNOW Legal Defense Fund provides subsidized legal support across industries 2 those who have experienced sexual harassment, assault, or abuse in the workplace. #DueProcess pic.twitter.com/NyTN7iKwuf
— Maggie Gyllenhaal (@mgyllenhaal) January 1, 2018