Em Junho de 2016, os britânicos decidiram em referendo nacional a saída do Reino Unido da União Europeia. Ano e meio depois, as negociações entre o executivo inglês e a Comissão Europeia continuam e arrastam-se com diversos avanços e recuos. Ao que tudo indica, a factura a pagar pela saída promete ser elevada e exponencialmente superior mediante a manutenção de certos privilégios entre as duas partes.
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— The Renew Party (@RenewParty) February 20, 2018
É neste contexto de impasse que surgem novas correntes políticas com vontade de agitar as águas inglesas. O Renew foi lançado esta semana de modo a tentar inverter o rumo dos acontecimentos em relação ao Brexit. Os responsáveis máximos do novo partido são recém políticos, altamente qualificados e com experiências profissionais em variadas longitudes. James Clarke, um dos fundadores do “Renovar” quer dar respostas às pessoas que não se sentem representadas no actual sistema partidário britânico e naturalmente compor um espaço político que está vazio.
Criado para as pessoas e feito por pessoas, o Renew inspirou-se no movimento de Macron, En Marche, e como tal pretende atingir o sucesso que o exemplo francês obteve nas últimas eleições. O grande objectivo do partido para os próximos meses/anos consistirá em apresentar mais de 300 candidatos nas eleições de 2022, sendo este uma primeira meta inicial.
Na apresentação do partido à imprensa, Clarke mencionou que actualmente existem mais de 1 milhão de jovens habilitados a votar e que poderiam ditar um resultado diferente no referendo. A renovação de gerações é, aliás, um dos argumentos mais fortes do lado dos ingleses que querem impedir a saída do país da União. De salientar que os movimentos anti-Brexit e pró UE no Reino Unido têm sido crescentes nos últimos meses.