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Chama-se Radiooooo, cada um dos seus cinco o’s representa cada um dos 5 continentes – e permite fazer uma viagem musical pelo mundo e pela história. Tudo sem sair de casa e sem uma máquina do tempo sofisticada. Radiooooo é um site que te permite seleccionar uma década do século XX e um país, e imergir imediatamente nos sons daquele tempo e espaço.
A ideia surgiu em 2012 entre dois amigos – Benjamin Moreau e Raphaël Hamburger – que quiseram organizar a música não tendo por base géneros, algoritmos complexos ou ordenação alfabética, mas sim numa perspectiva histórica e geográfica. Tudo para que, quando estivessem a conduzir um Renault Caravelle branco de 1996, por exemplo, pudessem ter a banda sonora ideal, segundo conta a revista New Yorker.
Em 2013, Benjamin e Raphaël, que tinha já uma vasta coleção de músicas de todo o mundo e conseguiram o financiamento necessário para montar e lançar o site.
Assim, nasceu o Radiooooo. Os dois amigos, ambos ligados ao ramo da música, e Anne-Claire Troubat, que se juntou à equipa como directora executiva, receberam centenas de contribuições de várias partes do mundo via internet e com uma equipa de curadores passaram horas a seleccionar os melhores sons, de uma diversidade de géneros que reflecte a diversidade cultural do nosso mundo. O Radiooooo ainda hoje aceita contribuições, que deverão encaixar-se na estética do site.

Além de poderes clicar num país e percorrer as diferentes décadas do século XX para ouvires os sons de cada área e altura, podes clicar no botão “New” para descobrir as novas adições. Podes também seleccionar um mood, isto é, se queres algo lento, rápido ou estranho. Tens ainda um modo Táxi, que basicamente te permite criar uma viagem (leia-se playlist) por vários países e décadas. Para enviares ao Radiooooo uma nova música (por exemplo, para as décadas de 1900 e 1910 em Portugal, que estão em falta), só precisas de criar uma conta.

A New Yorker diz que o mapa-mundo que vês quando abres o Radiooooo foi desenhado à mão por Benjamin e a sua colega Noemi Ferst, uma ilustradora e directora artística da Radiooooo, usando uma caneta de pena e tinta. A revista termina o seu perfil sobre o Radiooooo com uma observação pertinente: este não é um projecto assente em algoritmos ou big data, mas antes em gosto.
P.S. – não te esqueças de clicar na Antártica!