Designer imagina o trânsito diário das cidades em forma de corais

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Corais de Trânsito
Os corais de Craig (imagem DR)

Designer imagina o trânsito diário das cidades em forma de corais

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Porque não visualizar as deslocações casa-trabalho em forma de corais?

Quando pensamos em commute – isto é, nas deslocações que diariamente se realizam nas cidades, entre casa e trabalho/faculdade/escola –, o mais certo é imaginarmos uma teia de linhas gráficas dos arredores para o centro das metrópoles e vice-versa. Mas quando Craig Taylor, um designer apaixonado por dados, pensa no tema, imagina bonitos e coloridos corais oceânicos.

Craig Taylor diz que o seu fascínio em transformar os movimentos diários das cidades em corais vivos já se prolonga há seis meses e que, depois de fazer algumas experiências iniciais com esses conceito; para isso decidiu usar uma lista das 40 metrópoles com melhor qualidade de vida. O resultado é o que se pode ver em baixo – Lisboa aparece na 38ª posição.

Craig fez desta visualização de dados um poster A0 e também um vídeo 4K que acrescenta um lado animado aos diferentes corais. O designer submeteu o trabalho a um prémio, o Kantar Information is Beautiful Awards 2018, cuja shortlist será anunciada no dia 10 deste mês, iniciando-se na mesma dada uma votação pública.

Craig explica numa publicação no seu Medium que nas primeiras versões deste seu projecto começou por explorar apenas cidades britânicas e depois cidades europeias. Escreve o designer que “0s padrões variáveis das formas urbanas são normalmente ditados pela sua rede rodoviária: um conjunto complexo e aparentemente orgânico de ligações que movem as pessoas numa cidade. Como ramos de corais, têm um padrão e uma função, e decidi explorar esse padrão e manipulá-lo para o transformar em algo muito mais conceptual”.

A experiência de Craig com cidades europeias (imagem DR)

É giro observar a diversidade dos movimentos pendulares que diariamente acontecem nas cidades de todo o mundo e também notar os padrões existentes: as deslocações e os gráficos/corais facilmente permitem perceber onde são os centros das cidades. O coral de Lisboa é um caso peculiar. Ao contrário de outras metrópoles, o centro da capital portuguesa fica perto do rio, o que faz com que a forma seja mais irregular e não tenha um aspecto tão concêntrico como os corais de Roma, Madrid ou Paris, por exemplo.

O pormenor de Lisboa (imagem DR)

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