É possível mover blocos de 25 toneladas só com as mãos? Parece que sim

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É possível mover blocos de 25 toneladas só com as mãos? Parece que sim

Um grupo de investigadores desenvolveu uma técnica não só para deslocar blocos de 25 toneladas utilizando apenas a sua força e alguns conceitos básicos da física, mas também e para os juntar sem ser necessário um terceiro elemento de união.

Quando pensamos na capacidade de um indivíduo para mover um bloco de cimento ou um objecto do mesmo género com um peso acima do que consideramos normal, o critério da impossibilidade parece óbvio: a falta de força. Mesmo quando olhamos para o passado e vemos as icónicas construções com menires e outras pedras gigantescas é essa a questão que se levanta: como, sem auxilio de tecnologia, terão os nossos antepassados feito tais obras, movido tais volumes?

Pois bem, a resposta não está necessariamente numa força sobrenatural mas antes numa forma diferente de abordar a questão como prova uma experiência recente do estúdio de design Matter Design, co-fundada por um professor assistente do MIT, em parceria com a CEMEX.

O grupo de investigadores desenvolveu uma técnica não só para deslocar blocos de 25 toneladas utilizando apenas a sua força e alguns conceitos básicos da física, mas também e para os juntar sem ser necessário um terceiro elemento de união.

Os blocos, chamados MMU’s, têm formas específicas que facilitam a rotação como forma de deslocamento e, para além disso, não são feitos de um material completamente uniforme; em vez disso, cada bloco tem diferentes densidades de cimento em diferentes partes o que permite um melhor controlo sobre o centro de gravidade da peça.

Para além destas características embutidas, existem outras mais visíveis como as terminações de forma a criar juntas e pequenos buracos, nos quais quem manusear a peça pode encaixar um manipulo de modo a ganhar mais controlo sobre o movimento.

Como prova do conceito, o grupo desenvolveu uma estrutura funcional, montada a partir da união de diferentes monólitos, posicionados todos, simplesmente, com a força humana de cada um dos intervenientes.

Apesar de à primeira vista esta descoberta poder até parecer um retrocesso, a verdade é que não é. Desenvolver uma nova técnica de manuseamento de grandes volumes sólidos pode representar avanços em áreas em que poucas vezes pensamos. Uma parede composta por blocos deste género pode ser rapidamente montada em caso de catástrofe como força de bloqueio ou, num cenário menos urgente, como um evento ou um sítio de difícil circulação de maquinaria.

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