Empresa desmonetiza vídeo de youtuber por reclamar direitos sobre o número ’36’

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Foto de Anne Munition via Twitter

Empresa desmonetiza vídeo de youtuber por reclamar direitos sobre o número ’36’

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Os chamados falsos positivos mostram a falência dos algoritmos na gestão dos direitos de autor online.

Desde que se começou a discutir os famosos Artigos 11 e 13 (15 e 17 na numeração final da proposta) que as atenções de alguns internautas se começaram a virar para a falência de alguns dos sistemas de gestão de direitos online.

O Artigo 17, em particular, propõe a implementação de mecanismos que evitem o carregamento de conteúdo protegido por direitos de autor para plataformas sociais e um dos sistemas que mais se aproxima dessa ideia é o Content ID do YouTube. Assim, as suas falhas servem de alerta para o que pode representar uma disseminação de tecnologia semelhante.

Basicamente, o Content ID é um sistema que analisa cada segundo de vídeo carregado para o YouTube, sinalizando as infracções ao direito de autor e dando possibilidade ao detentor destes direitos de monetizar o vídeo de quem o carregou – ou seja, pode ficar com a percentagem de receita correspondente àquele excerto, caso autorize que este permaneça online.

Se na teoria a ideia parece boa, o problema está nos chamados falsos positivos, isto é, momentos em que a tecnologia permite reclamar direitos de autor sobre coisas peculiares. Já aqui falámos, por exemplo, do caso em que uma empresa reclamava direitos de autor sobre um momento de silêncio, agora foi a vez de Anne Munition, uma gamer profissional, denunciar que uma empresa estava a reclamar direitos de autor sobre o número ‘36’.

Screenshots de Anne Munition via Twitter

Segundo as partilhas de Munition, a Fullscreen, uma divisão da Otter Media, empresa do grupo Warner, terá reclamado direitos de autor de dois dos seus vídeos por alegar deter propriedade sobre o número ‘36’ e ‘50’.

Perante uma disputa deste género estima-se que o YouTube possa ser rápido a analisar e responder, mas casos como este mostram a falência dos algoritmos na gestão deste tipo de matérias, que, sem dúvida, ganharão importância capital com a digitalização de cada vez mais sectores.

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