A anatomia de um artigo cientifico

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A anatomia de um artigo cientifico

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Charlotte Arene e uma equipa da Université Paris Sud et CNRS fizeram um pequeno vídeo animado que explica como um artigo chega a ser o que é, baseando-se numa das suas investigações.

Todos os dias vemos notícias que dão conta de um novo estudo cientifico publicado algures no mundo que traz à luz uma hipótese nunca antes vista. Por estes tempos de pandemia, esses títulos multiplicam-se e os resultados apontam quase sempre, sem grande objectividade temporal, para novas terapêuticas ou vacinas para lidar com o novo coronavírus. A verdade é que essa falta de objectividade não se deve, de todo, a erros do lado da ciência mas antes a um desconhecimento fundamental do que é um artigo e do seu enquadramento no vasto mundo do conhecimento cientifico. A pensar nisso, Charlotte Arene e uma equipa da Université Paris Sud et CNRS fizeram um pequeno vídeo animado que explica como um artigo chega a ser o que é, baseando-se numa das suas investigações. Este trabalho é resultado de um grupo chamado Physics Reimagined que, como o próprio nome indica, se dedica a procurar novas formas de levar o conhecimento até um público mais vasto. 

O vídeo animado com pouco mais de sete minutos começa por explicar o que é um artigo cientifico e as suas principais características, quer no que toca à dimensão quer à organização. Em seguida, descreve os passos desde que surgiu a descoberta até que chegou à leitura, na maioria das vezes de um número muito reduzido de pessoas.

A verdade é que a comunicação em ciência que chega ao público nem sempre nos dá a conhecer as descobertas mais interessantes mas antes aquelas que soam melhor à audiência — os famosos ‘comer chocolate/beber vinho faz bem a x, y, z’ — e neste marasmo perdemos a noção de como funciona realmente o progresso do conhecimento.

Como nos descreve o vídeo, o processo é muito mais interativo e cooperativo do que resultado de rasgos de génio como o preconceito nos tende a fazer querer. O progresso do conhecimento está sempre intimamente ligado aos trabalhos de investigação que o precedem, sendo que cada projecto de investigação é, tal como dizem no vídeo, um passo de bebé.

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