O artista és tu, na mais recente obra de Olafur Eliasson

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O artista és tu, na mais recente obra de Olafur Eliasson

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A ideia é simples mas o resultado — que aconselhamos a experimentar — é realmente surpreendente. O processo por que o nosso cérebro recria as imagens mostra-nos como, de certa forma, estamos todos juntos num universo comum onde só diferem as perspectivas.

Olafur Eliasson, o artista dinamarquês de 53 anos, autor de obras como as que pudemos até há bem pouco tempo encontrar nos jardins de Serralves ou na grande exposição retrospectiva no museu Guggenheim em Bilbau, é um dos artistas contemporâneos com maior reputação — desafiando constantemente os limites do que é a arte e de como devem ser transmitidos os conceitos. Agora, num momento de quarentena mundial, e como celebração do passado Dia da Terra, desafiou os seus seguidores a serem também eles um pouco artistas numa peça conjunta.

A 22 de Abril, Eliasson lançou o seu “Earth Perspetives”, um trabalho exposto no seu Instagram e que tinha como principal objectivo — se é que assim se pode dizer em relação à arte — mudar a perspectiva que as pessoas têm em relação o mundo em que vivemos. Enquadrado na iniciativa “Back to Earth” das Serpetine Galleries, em que participaram artistas, cientistas, arquitectos, entre outros, o projecto respondia ao desafio de consciencializar os públicos para a necessidade de mudança.

Para o efeito, o artista criou uma série de 9 imagens, parte delas animadas, coloridas com as cores laranja e rosa e um ponto preto, sobre uma zona do globo, precisamente no centro da imagem. O desafio posto ao público era que durante 10 segundos se concentre no ponto central da imagem e olhe de seguida para uma parede branca – nela surgirá a forma final da obra conforme pensada pelo artista.

A ideia é simples mas o resultado — que aconselhamos a experimentar — é realmente surpreendente. O processo por que o nosso cérebro recria as imagens mostra-nos como, de certa forma, estamos todos juntos num universo comum onde só diferem as perspectivas. Os pontos escolhidos por Olafur para a sua obra são, seguindo a lógica, sítios aos quais devíamos prestar atenção — pontos que deviam ser mais centrais na nossa perspectiva da terra — onde a emergência climática é uma realidade ainda mais aguda.

 

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