Urban Mind é a app que quer perceber como a vida na cidade afeta o nosso bem-estar mental

Urban Mind é a app que quer perceber como a vida na cidade afeta o nosso bem-estar mental

A Urban Mind baseia-se na experiência diária dos utilizadores para ajudar no planeamento e projeção de cidades mais saudáveis.

Criada por uma equipa de investigadores do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência do King’s College, de Londres, em parceria com o estúdio de arquitetura paisagista J&L Gibbons e pela fundação artística Nomad Projects, a Urban Mind é uma aplicação que mede a tua experiência da vida urbana ou rural in loco. Três vezes por dia, serás solicitado a responder a perguntas sobre como te sentes e o ambiente que rodeia no momento em que recebes a notificação.

O objectivo dos criadores é recolher o máximo de testemunhos através da app, para perceber de que forma todos nós entendemos e experienciamos a aldeia, vila ou cidade onde vivemos e para que essa experiência possa ser melhorada, para bem do nosso conforto e saúde mental. Como se lê no site oficial da Urban Mind, os resultados de cada utilizador serão usados para um projeto maior, para ajuda a “planear e a projetar cidades mais saudáveis”.

A app está disponível para download na App Store e Google Play e é muito intuitiva. Depois de te introduzir ao seu objectivo, como nos slides em cima, e de aceitares a política de privacidade, convida-te a responder a um primeiro questionário. Nele, a Urban Mind pergunta-te quantos habitantes há no local onde vives, como descreves a tua cidade – se é bonita, feia, inspiradora, limpa ou segura. Depois pergunta-te sobre o teu agregado familiar e o tipo de casa onde vives, sobre o teu historial de saúde, física e mental, e o tipo de apoio que tens/tiveste, ou não. Depois de completo o questionário, estás apto a entrar no projecto e a contribuir com as tuas vivências para uma iniciativa melhoria do espaço comum – escusado será dizer que a aplicação recolhe dados sobre os seus utilizadores para posteriormente tratamento.

No espaço de um dia, a aplicação envia-te um relatório individualizado que resume as tuas experiências e daí em diante, no espaço de duas semanas, a Urban Mind envia-te sets de perguntas, três vezes por dia (cada avaliação dura 1 minuto). Em cada um destes momentos (tal como no questionário inicial), a app pede que fotografes o chão do sítio onde estás no momento e graves um clip de áudio, para que possam recolher o maior número de dados sobre a tua experiência. Estas etapas são opcionais e só contribuis se quiseres.

A equipa da Urban Mind é transparente e explica que as fotografias e arquivos de áudio serão analisados ​​para fins de pesquisa e, além disso, poderão ser divulgados nas redes sociais da Urban Mind, no site e utilizados em mostras de arte digital para divulgação do projeto.

À medida que vais respondendo aos questionários diários, essa informação vai sendo compilada no tal relatório individual que podes consultar para, não só contribuíres para o projecto maior, como para consultares e reflectires sobre o uso que fazes do espaço que te rodeia. Tendo em conta o propósito do projeto Urban Mind, será mais benéfico para a investigação se, depois de te inscreveres na app, aproveitares realmente para vivenciar a tua cidade e tiveres de olhos abertos a analisar características como a mobilidade ou os espaços verdes e natureza, e como é que todos esses aspetos te fazem sentir.

Para te ajudar a conhecer melhor a Urban Mind, no site oficial podes consultar e explorar os dados recolhidos até agora e perceber como é que os participantes no projecto têm respondido a determinada pergunta. Não deixa de ser interessante pensar na forma como a pandemia de Covid-19 terá influenciado as respostas mais recentes nesta app, que existe desde 2018. Podes ainda consultar as galerias de imagens e audios, organizadas pelos estados mentais dos utilizadores nos momentos em que os capturaram.

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  • Rita Pinto

    A Rita Pinto é Editora-Chefe do Shifter. Estudou Jornalismo, Comunicação, Televisão e Cinema e está no Shifter desde o primeiro dia - passou pela SIC, pela Austrália, mas nunca se foi embora de verdade. Ajuda a pôr os pontos nos is e escreve sobre o mundo, sobretudo cultura e política.

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