Artistas e activistas colocam na rua os anúncios que a indústria automóvel não queria

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Artistas e activistas colocam na rua os anúncios que a indústria automóvel não queria

Os malefícios da indústria automóvel em 100 cartazes publicitários espalhados pelo Reino Unido.

Grupos ambientalistas da rede de activistas Brandalism juntaram-se para espalhar mais de uma centena de cartazes publicitários pelo Reino Unido, numa acção que teve como objectivo trazer alguma honestidade para o sector automóvel, lembrando-nos dos seus malefícios para o ambiente e para as cidades.

Os anúncios, que foram instalados sem autorização em cidades como Bristol, Birmingham, Cardiff, Leeds, London e Exeter, mencionam marcas reais e ecoam problemas reais de que elas não gostam muito de falar: os automóveis são veículos poluentes que contribuem para as emissões de dióxido de carbono e por consequência para as alterações climáticas; o seu consumo em massa torna o ar das cidades menos respirável – o que provoca doenças respiratórias e causa mortes –, é exigente ao nível do espaço público, e leva ao congestionamento das nossas ruas e avenidas.

“Os anúncios de carros promovem a propriedade de carros particulares como um símbolo de status. Temas como poder, sucesso e status social são misturadas com locais exóticos e estradas vazias para promover um mito de liberdade e mobilidade. Os problemas resultantes de congestionamento de tráfego, agravamento da poluição do ar e degradação do clima são deixados de fora desses anúncios chamativos”, aponta Peter Marcuse, da Brandalism, numa nota de imprensa. “Precisamos de uma mudança cultural longe dos carros.”

Mais de 30 artistas participaram nesta acção – incluindo Paul Insect, Jimmy Cauty, o artista Dr.D, Fokawolf, Darren Cullen, Matt Bonner e Michelle Tylicki. Ao todo foram desenhados 45 cartazes diferentes. Um deles mostra uma imagem de um SUV e a mensagem “Ignora as Crianças. Queima o Planeta”. Noutro lê-se: “Abraça a fila de trânsito. Conduz até ao colapso climático.” Há ainda referências à pandemia de Covid-19 e à necessidade de devolver espaço dos carros a outras formas de mobilidade mais sustentáveis.

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